Você não nos vê, mas nós estamos em você. Sempre esti[vemos].

Somos aquilo que corre entre as suas veias e a sua pele. Um sistema periférico, mas vital para a sua existência.
Vital para a defesa do seu organismo.

Porém, não temos capa[cidade] de nos movimentar apenas pela nossa vontade.
Nosso transporte se dá através da força que impulsiona o sistema principal.

Aliás, também fazemos p[arte] dele, mas de maneira diferente.
Tudo que passa por ele em excesso, passa por nós, sendo devida[mente] filtrado para voltar à corrente principal.

Nossa existência é do [fluxo] e para o [fluxo].

Desta forma, percebemos que nada está fora dele. Nada escapa de virar [Linfa].

Assim, para nós, toda opinião é crítica, toda crítica é pergunta, toda pergunta é esdrúxula, tudo o que é esdrúxulo é arte, toda arte é alheia e tudo o que é alheio, faz parte da [jornada].
E o que é o [jorn]alismo a não ser o ato de contar uma [jornada]?
O desenrolar de um [fluxo]?
O ofício do f[ato]?

Desta maneira é que, com a gente, todo este fluxo pode ser decodificado em prosa ou poesia, como se toda notícia pudesse virar um conto, uma ode, um haicai, um soneto...







...como um [li]rismo [n]aturalmente [fa]ctual.